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O petróleo é uma matéria-prima essencial à vida moderna, sendo o componente básico de mais de 6.000 produtos. Dele se produz a gasolina, o combustível de aviação, o gás de cozinha, os lubrificantes, borrachas, plásticos, tecidos sintéticos, tintas - e até mesmo energia elétrica. O petróleo é responsável ainda por cerca de 34% da energia utilizada no Brasil e por 45% de toda a energia nos Estados Unidos.
É encontrado a profundidades variáveis, tanto no subsolo terrestre como do marítimo. Segundo os geólogos, sua formação é o resultado da ação da própria natureza, que transformou em óleo e gás o material orgânico de restos de animais e de vegetais, depositados há milhões de anos no fundo de antigos mares e lagos.
Com o passar do tempo, outras camadas foram se depositando sobre esses restos de animais e vegetais. A ação do calor e da pressão, causados por essas novas camadas, transformou aquela matéria orgânica em petróleo. Por isso, o petróleo não é encontrado em qualquer lugar, mas apenas onde ocorreu essa acumulação de material orgânico, as chamadas bacias sedimentares.
Mas, mesmo nessas bacias sedimentares, as acumulações de petróleo só podem aparecer onde existir uma combinação apropriada de fatores e de rochas de características diferentes. Por este motivo, para se perfurar um local à procura de petróleo, é preciso, antes, que os geólogos e geofísicos façam um complexo estudo geológico da bacia, para definir o ponto com melhores chances de ser perfurado. Mesmo com todas essas evidências, só depois da perfuração pode-se confirmar a existência de petróleo em uma determinada região. Ainda assim, essa ocorrência pode ser comercial ou não, dependendo do volume descoberto.
Algumas vezes, o petróleo aparece em pequenas quantidades na superfície da terra. Isso acontece quando, gerado nas profundezas do subsolo, não encontra, pelo seu caminho, um reservatório devidamente protegido, onde possa se acumular. Neste caso, o petróleo prossegue até a superfície, onde forma as chamadas exsudações ou vazamentos. Esta é a razão pela qual os povos antigos já conheciam e até utilizavam o petróleo em sua forma natural, 4.000 anos antes de Cristo.
Os primeiros poços de petróleo foram escavados praticamente à mão, com ferramentas rudimentares, em 1700, e não passavam dos 30 metros de profundidade. No entanto, como produto de grande utilização, o petróleo só começou a ter importância em 1859, quando foi realmente perfurado o primeiro poço nos Estados Unidos, utilizando equipamentos que foram os precursores das atuais sondas de perfuração.
Sua primeira aplicação em larga escala foi na iluminação das casas e das cidades, substituindo o óleo de baleia. Com o tempo, passou também a ser empregado nas indústrias, no lugar do carvão. Contudo, um acontecimento notável fez do petróleo o combustível que move o mundo: a invenção dos motores a gasolina, que passaram a movimentar os veículos, até então puxados por tração animal ou movidos a vapor.
E assim a vida, os hábitos e os costumes foram se transformando, conduzidos pelas inovações que o petróleo proporcionou com seus inúmeros derivados, até chegar aos dias atuais, quando se tornou um produto indispensável à vida moderna.
Fonte: Livro "Fundamentos de instrumentação: analítica/processos industriais/válvulas"